Como Escolher o SEU Método Anticoncepcional

Você sabe como escolher o melhor método anticoncepcional?

Para escolher o melhor método anticoncepcional ideal para você é importante consultar o ginecologista, isso porque com seu médico/a você discutirá as várias opções de acordo com os muitos fatores envolvidos, e assim escolher o mais adequado.

metodos anticoncepcionas

Lembre-se que a indicação do método ideal para você pode variar de acordo com a razão pela qual o contraceptivo está sendo indicado.

A pílula é o método anticoncepcional mais popular usado no Brasil.

Mas talvez, esta não seja a melhor opção.

Como deve ser tomada todos os dias, de preferência, no mesmo horário, há risco de esquecer de tomar algum comprimido, ou tomar alguma outra medicação que diminua o seu efeito impactando diretamente na eficácia do tratamento.

A redução da eficácia aumenta taxas de gravidez não programada.

Por esta razão, é importante que você conheça outras opções disponíveis.

Dispositivo Intra Uterino - DIUAlém das pílulas orais, existem outros métodos anticoncepcionais de longo prazo como o implante (duração de 1 a 3 anos) ou o DIU (duração de 5 anos), por exemplo, que são muito seguros.

Ou seja, baixíssimas taxas de falha do método. 

Já a camisinha, além de evitar a gravidez indesejada, também previne doenças sexualmente transmissíveis (DST).

É o único método anticoncepcional que também previne DST’s.

Porém, apresenta uma alta taxa de falha como contraceptivo pois depende do uso correto em todas as relações sexuais. 

O método anticoncepcional que você adotará depende da razão pela qual está buscando um meio contraceptivo, devendo ser indicado, após uma consulta e análise do seu caso, pelo ginecologista.

Assim, algumas das razões em que o ginecologista poderá indicar um método contraceptivo específico são:

  • Relação sexual desprotegida

No caso da relação sexual desprotegida, é recomendado que a mulher tome a pílula do dia seguinte, até 72 horas após a relação, para evitar a fecundação do óvulo pelo espermatozóide e implantação do embrião no útero.

  • Gravidez recente

Após o nascimento do bebê, o ginecologista pode indicar o uso de alguns métodos contraceptivos, como pílulas de progestagênio ou DIUs (hormonais ou não hormonais), considerados seguros para a mulher nesta fase e sem interferências na produção de leite.

  • A pílula tem muitos efeitos colaterais, como:

    • dor de cabeça;
    • náuseas;
    • alterações do fluxo menstrual;
    • queda da libido;
    • indisposição e humor deprimido;
    • aumento de peso; e
    • alterações no humor.

Pílulas Anticoncepcionais

Nesses casos, o ginecologista pode indicar a troca da pílula ou recomendar o uso de outro método contraceptivo, como implante ou DIU.

Estudos apontam um aumento no risco de câncer de mama, hipertensão e diabetes em usúarias de mais de 10 anos de anticoncepcionais hormonais.

  • Alterações ginecológicas

No caso de algumas alterações ginecológicas como endometriose ou miomas uterinos, por exemplo, pode ser indicado pelo ginecologista o uso de métodos contraceptivos como a pílula contínua de progesterona, implantes hormonais ou o DIU hormonal.

Exemplo de endometriose

Neste caso, os tratamentos indicados além de métodos contraceptivos, servem também para tratamento destas alterações.

  • Não quer tomar ou esquece de tomar a pílula

Neste caso o melhor é utilizar  implante,  adesivo, injetável mensal ou o anel vaginal, além de também poder ser indicado o uso do dispositivo intrauterino.

Isso porque ao esquecer de tomar a pílula ou não tomar de acordo com a orientação do ginecologista, pode aumentar as chances de gravidez indesejada.

Assim, ao fazer uso desses métodos contraceptivos não há probabilidade de esquecimento e há maior segurança de que a gravidez será evitada.

  • TPM intensa

Quando a mulher apresenta sintomas fortes de TPM, como crises de enxaqueca, cólicas intensas, enjoos, inchaço abdominal e nas pernas, o ginecologista pode indicar o uso de implante ou DIU hormonal como método contraceptivo.

Esses métodos estão relacionados a menores efeitos colaterais, o que pode ser positivo no alívio dos sintomas da TPM.

Tensão Pré Menstrual - TPM

Finalmente quero reforçar a necessidade de fazer uma consulta com o ginecologista para te orientar no seu planejamento familiar. Este planejamento é de muitos anos, pois cobre todo período reprodutivo da mulher até a menopausa, portanto a sua escolha deve levar em consideração todo este tempo de uso e, sempre optar, pelo que vai te trazer menores efeitos colaterais a longo prazo.

Até a próxima meninas!

Assinatura Dra. Vania Carolina

 

2 thoughts to “Como Escolher o SEU Método Anticoncepcional”

    1. Oi Ana, dois DIUs que coloquei recentemente tiveram sua indicação na perimenopausa, como o seu caso.

      Muitas mulheres não sabem que pode ser indicado nesta fase da vida com benefícios além da contracepção.

      Sim, ele pode ser uma aliado da mulher nesta fase de transição e ainda ajudar na reposição hormonal.

      Na perimenopausa os ciclos menstruais podem ficar irregulares com períodos de sangramento mais longos e até mais intensos.

      Isso depende de cada caso e o DIU cabe muito bem para interromper estes sangramentos desconfortáveis.

      Neste período também muitas mulheres tem diagnóstico de mioma ou endometriose e o DIU entra muito bem como tratamento e com efeitos colaterais muito menores que o anticoncepcional oral.

      Outra queixa bastante frequente na perimenopausa é a queda de libido, aumento de peso e até ondas de calores esporádicas. O DIU pode ser uma aliado da reposição hormonal para controle de todos estes sintomas e ser mantido após a menopausa.

      É muito importante ressaltar que cada paciente deve ser avaliada individualmente, mas saiba que existem boas indicações de DIU hormonal nesta fase também.

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